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domingo, 21 de setembro de 2014

Questionário referente ou estudo de comparação

   entre as contraculturas: Brasil/Estados Unidos. 



  • O que foi contracultura?
  • Como se deu a contracultura no brasil?
  • Como se é feita a comparação entre contraculturas?
  • O que foi a contra cultura juvenil para Cortes?
  • O que foi a contracultura para Roszak?
  • O que a contracultura juvenil defendia?
  • Quais eram os principais desejos dos jovens?
  • Por que muitos jovens deixavam suas casas?
  • Como surgiu a contracultura e como se difundiu para outros países?
  • De que forma os protestos eram realizados pelos jovens?
  • De que forma traços da contracultura pode ser identificado na jovem guarda?
  • Qual foi um dos principais veículos de exposição da nova contracultura ,tanto no brasil quantos nos estados unidos em 1994?  
  • Qual a critica presente na letra da canção "blowin' in wind" de Bod Dylan?
  • Na letra da música "balada do louco" o que representa a voz do louco?
  • Por que a contracultura isoladamente?

Capitulo 14


Unidade 5: O Modernismo no Brasil- terceira geração.

O apuro da forma


    No período de 1945 a 1960, o país abriu-se para o mundo em vários setores culturais como as artes plásticas, a arquitetura e a musica. No campo literário , O Modernismo de terceira geração representou um dos momentos mais fecundos para a arte do Brasil, revelando autores de alta densidade na poesia e na prosa e no teatro. A densidade revela-se no programa estético, quando este é explicito , ou diretamente na realização das obras.

   O contexto histórico Juscelino e os “50 anos em 5”


    Logo no inicio do seu mandato , o novo presidente lançou um ambicioso plano nacional de desenvolvimento – o Plano de Metas- baseando na industrialização e no ingresso de capitais estrangeiros. O slogan da época- “50 anos em 5”- prometia desenvolver o pais rapidamente. Os principais objetivos econômicos estavam nas aéreas de geração de energia, transportes e industrias de base, aos quais se somava a construção de Brasília.    Portanto, no período de 1945 a 1960, a economia brasileira experimentou dois movimentos distintos : inicialmente , vigorou a substituição de importações, simultaneamente com uma parcela da burguesia brasileira aliada ao capital estrangeiro. Tudo isso se passou em um grande contexto de grande crescimento urbano.

                              O contexto cultural


     Até a década de 1940, o Rio de janeiro, capital federal,era ainda o grande centro cultural do país. Lá estava sediada a rádio nacional, transmitindo para multidões a voz de cantores populares como Emilinha Borba ,Angela Maria e Cauby Peixoto .Tinham também sede no Rio a companhia cinematográfica Atlantida , grande numero de teatros, os principais museus de arte e os maiores jornais do país.

                              O contexto literário

     A produção literária do Modernismo de terceira geração não ocorreu sob o signo da ruptura , da denuncia ou da afirmação de uma identidade geracional. Ao contrário, a principal contribuição dessa geração consistiu em proporcionar desdobramentos muito conseqüentes dos principais temas da segunda geração: o regionalismo e a literatura de investigação psicológica. Soma-se a isso a constituição do teatro moderno n Brasil , também realizada no mesmo período.Autores e gêneros    A poesia de João Cabral de Melo Neto , Guimarães Rosa e seus contos e romances, Clarice Lispector em seus contos e romances, Nelson Rodrigues e o teatro moderno, Ariano Suassuna dramaturgo.

Capitulo 15





João Guimarães Rosa: “Viver é muito perigoso”




Uma obra “espantosa”


    O adjetivo reproduz o espanto e a admiração da critica literária diante da obra, que consagrou seu auto como um dos mais importantes escritores brasileiros de todos os tempos. A literatura de Guimarães Rosa se inscreve na vanguarda da narrativa brasileira contemporânea , em virtude de três fatores principais: o vocabulário riquíssimo, o narrador totalmente imerso na cultura regional, as historias variadas e surpreendentes. Como resultante de um só ou de todos esses fatores somados, a literatura de Guimarães Rosa é considerada grandiosa e difícil de ser interpretada desde a publicação de seu primeiro livro de contos, Sagrana(1946).
   Além de Sagrana, publicou também Corpo de baile(1956), conjunto de novelas posteriormente desmembrando em três volumes: Manuelzão e Miguilim;No Urubuquaquá,no Pinhém e Noites do sertão. Prestigiado e premiado no Brasil, Guimarães Rosa teve sua obra traduzida para vários idiomas. Uma de suas grandes contribuições á literatura brasileira foi trazer novamente o regionalismo para o centro da ficção,mas completamente transformado e revitalizado.

                                 O narrador e as histórias



     A obra de Guimarães Rosa está impregnada de “causos” que lembram histórias de tradição oral. Manuel Fulô, protagonista do conto “corpo fechado”, é um sujeiro metido valentão. O tom de oralidade e o emprego de um vocabulário popular são dois elementos determinantes para a imersão do narrador na cultura regional do sertão. A imersão do narrador na cultura regional se evidencia também por meio das histórias contadas: muitas delas aderem sem reservas ao imaginário cultural e religioso do sertão. Qualquer que seja o tema das hist´roias, observa-se em quase todas elas o apagamento de referencias cronologias, o que, segundo a critica , transforma o sertão de Guimarães Rosa em um cenário mítico e atemporal, que transcende limites históricos e geográficos. Essa adesão promovida por meio do discurso indireto livre é a grande responsável por mergulhar o leitor em um universo quase mágico: a cultura do outro.

      A linguagem


      A crítica classificada a obra de Guimarães Rosa como literatura de invenção, que tem como aspecto mais evidente os neologismos. No campo do vacabulário, a inovação ocorre também pelo emprego de arcaísmos, palavras que não pertencem mais ao emprego corrente.Reaparecendo no texto literário moderno, elas adquirem um surpreendente frescor, que lhes dá sabor de novidade. Juntam-se aos neologismos e aos arcaísmos os termos eruditos, que muitas vezes aparecem lado a lado com vocábulos e ditos populares.

     No campo da sintaxe, observa-se o domínio externo do ritmo das frases, nas quais é possível perceber a musicalidade da fala sertaneja. Outro elemento importante na linguaguem de Guimarães Rosa é o humor, presente na criação de tipos cômicos e nas piadas e anedotas que fazem parte dos contos e novelas.

Capitulo 16

          Clarice Lispector: Um coração selvagem

     Clarice Lispector ocupa, ao lado de João Guimarães Rosa, papel central no que a critica literária convencionou chamar de ficção de vanguarda brasileira.            Sua obra contrasta radicalmente com o romance brasileiro da década de 1930.
Filha de judeus nascida na Ucrânia, cuja família emigrou para o Brasil quando ela tinha dois anos, desde que foi alfabetizada Clarice manifestou interesse pela leitura. Ainda criança, arriscou-se a escrever uma peça de teatro(pobre menina rica) e pequenas histórias que enviava para um jornal de Pernambuco. Clarice publicou extensa obra literária, na qual se destacam romances como Perto do coração selvagem(1944), O lustre(1946), A cidade sitiada(1949), A maçã no escuro(1961), A paixão segundo G.H(1964), Uma aprendizagem ou o livro de contros como Laços de família (1960), A legião estrangeira(1964), Felicidade clandestina(1917)e a via crúcis do corpo (1974).

                                              

                                          A Crise da Subjetividade

       A prosa de Clarice desce cada vez mais fundo na representação da realidade intima do ser humano. Dissolve a linha cronológica do enredo, rompe a fronteira entre a voz do narrador e a das personagens, cria metáforas inusitadas.

              

                A correnteza da intimidade e da linguagem

       Um recurso narrativo radicaliza a imersão na intimidade dos narradores e   personagens da obra clariana: o monólogo interior. A técnica consiste em representar o fluxo de consciência , a desarticulada atividade mental ainda em estado anterior á verbalização, não linear, fragmentada. É como se o “eu” da personagem se desdobrasse e se interrogasse.

                                         Cotidiano e epifania

      O fluxo de consciência costuma derivar de uma sensação súbita de arrebatamento do individuo, a chamada epifania. O gatilho da epifania, acionado pelo cotidiano, dá incio então a uma reflexão sobre a existência, capaz de misturar sensações antagônicas como o medo e o fascínio, o desejo e a repulsa, as delicias e o sofrimento de viver.

Capitulo 17

João Cabral de Melo Neto: O arquiteto da linguagem




    O pernambucano João Cabral de Melo Neto(1920-1999) é contemporâneo dos poetas da Geração de 45, que retomam os modelos clássicos de composição. Cabral compartilha com eles o formalismo no tratamento da linguagem, mas na sua a poesia o rigor construtiva é muito mais que a volta a convenções consagradas. João Cabral é o idealizador de uma poesia calculadamente arquitetada para apreender a emotividade que há nas coisas do mundo, sem que o poeta tenha que, para isso, partir de uma emoção pessoal.

                                                                  A Poesia



   Os dois últimos livros publicados por João Cabral se intitulam Sevilha andando(1989) e Andando Sevilha(1990). Por conta dessa busca da construção racional da poesia, a imagem do arquiteto e a do engenheiro são freqüentemente associadas ao poeta.


          Duas águas: entre o poema e o Nordeste


       Em 1956, João Cabral de Melo Neto lançou Duas águas, livro em que reunia toda sua obra publicada até então-Pedra do sono(1942), Os três mal-amados(1943), O engenheiro (1945), Psicologia da composição com a fábula de Anfion e Antiode(1947) e O cão sem plumas(1950). A primeira que até o livro Psicologia da composição, comporta, como preocupação de fundo, uma questão metalinguística , definidora da mencionada antilira cabralina. A influencia da pintura surrealista do primeiro livro vai cedendo espaço á dessublimação da poesia e do próprio eu lírico –ou seja , a retirada da aura sublime,elevada,do fazer do poeta.
     Na segunda fase, muda o assunto predominante nos poemas. Eles já não tratam diretamente da natureza da poesia,mas a poética proposta na primeira fase está presente na forma de tratar seu novo tema preferencial: O drama nordestino.
        Nas obras posteriores, a tensão entre as linhas de força sugeridas por Duas águas (a reflexão sobre a composição do poema e a expressão do drama nordestino humano) continua a ser trabalhada dentro de cada obra, definindo cada vez mais precisamente o projeto poético de João Cabral. O ponto culminante dessa investigação encontra-se no livro A educação pela pedra, de 1966.
       A busca pela simetria na composição é levada aqui ás ultimas conseqüências .Feita de 48 poemas, a obra é dividida em quatro seções de 12 textos cada, organizadas pela forma (poemas de 16 versos nas duas primeiras seções, e 24 versos nas outras duas) e pela temática (social em duas seções intituladas “Nordeste”; e de temas variados nas outras duas, chamadas “Não Nordeste”.

Capitulo 18

O Teatro do século xx: Nelson Rodrigues e Ariano Suassuna                

                   Nelson Rodrigues: Pelo buraco da fechadura

     O Escritor e jornalista, Nelson Rodrigues (1912-1980) é considerado o pai do teatro moderno brasileiro. Em 1942, a encenação de Vestido de Noiva, segunda peça de Nelson Rodrigues , sob direção de Ziembinski, revoluciona a dramaturgia brasileira e faz um estrondoso sucesso. A montagem inova ao trazer para o palco três planos simultâneos, divididos entre a realidade, memória e a alucinação de Alaíde, personagem principal, que fora atropelada após ter mantido uma relação adultera com o marido de sua irmã.
      O teatro de Nelson Rodrigues representa quase sempre uma realidade pequeno-burguesa e ,por meio de temos como o sexo, o adultério, o ciúme ,o incesto, o suicídio , o assassinato corrupção moral por trás de seu comportamento. O critico e dramaturgo Sábato Magaldi dividiu o teatro Nelson Rodrigues em três núcleos , que frequentemente se interpenetram : as Tragédias psicológicas , como Vestido de Noiva; As tragédias míticas, como Álbum de família; as Tragédias cariocas,como Beijo no asfalto.

                     Suassuna: O erudito a partir do popular

       Em uma vertente diversa da de Nelson Rodrigues , Ariano Suassuna reinventou á sua maneira, a dramaturgia nacional e o regionalismo da década de 1930, como o objetivo de criar uma estética nacional popular.
       O conceito “armorial” está ligado á heráldica, isto é, o conjunto de insígnias, brasões ,escudos e bandeiras de um povo. A função desses símbolos é representar e evocar a identidade cultural daqueles que os utilizam.
       A cultura popular nordestina é a bandeira de Ariano Suassuna . Com essa combinação de influencias , sua peça Auto da compadecida,por exemplo, alcançou amplo sucesso no Brasil e no exterior. A intertextualidade é uma característica marcante da dramaturgia de Ariano, ele retoma livremente termas e técnicas de folhetos de cordel do interior de Pernambuco ,assim como do universo circense e das peças populares da Idade média portuguesa, da Comédia dell’arte do renascimento italiano e do barroco espanhol.
      João Grilo, protagonista de Auto da compadecida, é ao mesmo tempo a figura típica do sertanejo nordestino(pobre, faminto , mas resistente), presente nas narrativas cantadas da região, e a encarnação regional da figura do pícaro, anti-herói que transita entre a ordem e a desordem , a fim de transformar a própria miséria em sustento.


segunda-feira, 7 de julho de 2014


Capítulo 10- unidade 4



                                                        O ciclo do Sul


Érico Veríssimo: 

             Sucesso popular e restrições da critica


      As narrativas de Érico Veríssimo, costumam ser divididas em três fases: Primeira fase- urbama segunda fase- histórica, terceira fase- politica.
      A primeira fase analisa a vida pequeno-burguesia da sociedade gaucha a partir da década de 1930, em todas as suas obras uma discreta sondagem psicológica mistura-se á reflexão social.

     A trilogia O tempo e o vento corresponde á segunda fase da carreira de Verissimo. Considerada sua obra prima, alinhada o escritor á tendência regionalista da segunda geração do Modernismo. Divide-se em três partes- O continente , O retrato e o Arquipélago.
  
       Pertencem á terceira fase os romances escritos na época em que o Brasil e outros países da America do sul estavam sob o governo de ditaduras.
Verissimo nem sempre foi tão bem recebido pela critica quanto costumava ser pelo público.Assumidamente um “contador de historias”, Erico Veríssimo soube habilmente criar tramas envolventes por meio de linguagens simples, feita de períodos curtos e vocabulário comum.

 

              Dynoélio Machado: ratos ou homens


        Embora Dynoélio Machado tenha publicado seu romance de estréia , Os ratos , é considerado sua obra-prima . A narrativa , trata do drama de Naziazeno Barbosa, pai de família, funcionário publico paupérrimo, que tem 24h para pagar uma divida com o leitero.

    O foco narrativo em terceira pessoa parece, á primeira vista, estar totalmente “colado” á personagem, como se o narrador nada visse e sentisse além do que vê e sente a personagem.Mas na verdade o narrador distancia-se da personagem por meio de recurstos sutis , como o itálico na palavra Luta, o narrador emprega abundantemente as aspas com a mesma finalidade de distanciamento critico em relação á personagem. Outra sutileza que o narrador manipula com o propósito critico é o vacabulário.


Capítulo 9-Unidade 4




O Nordeste revisitado

           
        Uma das fortes tendências da segunda fase da literatura modernista veio do Nordeste e do grupo de escritores cuja produção se convencionou chamar de “Romance de 30”. Mesclando as propostas do Modernismo ao regionalismo surgido no período romântico e a perspectiva realista do final do século XIX. Escritores mais importantes dessa geração :Raquel de Queirós, Jorge Amado, José Lins do Rego e Graciliano Ramos.

                                Raquel de Queirós

       
          Raquel exerceu profissionalmente a atividade de jornalista . Nesse gênero , a obra mais importante e conhecida é seu livro de estréia, O quinze, publicado em 1930.
A parte mais importante da obra está no segundo núcleo. A descrição dos inúmeros problemas da família de Chico Bento- as dificuldades financeiras, a fome, a morte de um filho,a fuga de outro, os “ campos de concentração” de retirantes em Fortaleza -compõe o retrato realista de um contexto e suas trágicas implicações socioeconômica .

                                    Jorge Amado

   
         Os primeiros romances de Jorge são marcados pela denuncia da miséria e da exploração sofrida pelas classes marginalizadas da sociedade baiana. Entre a cidade e a zona rural, trabalhadores do porto, das fazendas de cacau, prostitutas , negros e menino de rua são o os tipos sociais mais freqüentes dessas narrativas, por quem o autor manifesta um sentimento de solidariedade e aos quais lança um olhar lírico.
 
       A adesão irrestrita de Jorge Amado aos ideais comunistas, porém, confere ás narrativas desse período uma dimensão panfletaria. São suas obras mais conhecidas dessa fase : Cacau(1933), Mar Morto(1936), Capitães de Areia (1937) e Terras do sem-fim(1943).

                                          José Lins.


        José Lins, empregou uma linguagem fluente, marcada pela oralidade, para articular matérias –primas variadas: Memórias da região canavieira , pesquisa histórica, imaginação, personagens marcantes.

       O próprio escritor foi responsável pela divisão mais conhecida de sua obra e fases, ou em ciclos, que correspondem também aos movimentos sociais dos contextos observados:

  • O ciclo de cana -de- açúcar, abrangendo os romances Menino de engenho, Doidinho, Banguê,O moleque Ricardo, Usina e Fogo morto;
  • O ciclo do cangaço e do misticismo, com os romances Pedra bonita e Cangaceiros;
  • E romances independentes, como Pureza,Riacho doce, Àgua -mãe e Euridice.
     Dessas três fases, o ciclo da cana é sem dúvida a mais importante, e romance Fogo morto, seu ponto mais alto. A narrativa retrata a ascensão e decadência de um engenho de açúcar (expressão “fogo morto” refere-se ao encerramento da operação de um engenho de cana.

                                    Graciliano Ramos

   
      A paisagem Nordestina comparece também na ficção de Graciliano, como em outros escritores do período , mas aqui ela importa menos do que a representação de um homem em conflito com a natureza, com a sociedade e consigo mesmo.
       

                                    Primeiras Obras


      Os quatro primeiros livros publicados por Graciliano compõem o conjunto mais importante de sua produção literária. São os romances
 
  • Caetés
  • São bernado
  • Angústia
  • Vidas secas

Capítulo 8-unidade 4 


            Modernismo no Brasil

  • O mundo á revelia
      

     Na transição entre as décadas de 20 e 30 do século xx, as propostas estéticas dos modernistas difundiram-se por tudo o Brasil.Com isso , elementos regionais passaram a fazer parte do repertório criativo, e o dialogo do escritor com a realidade social e os fatos históricos que o cercavam ganhou grande importância nesse momento.
Contexto de produção
        
     A segunda fase do Modernismo brasileiro ocorre durante os anos de 1930 a 1945.O Brasil passa, nesse período , por transformações profundas- o desenvolvimentos industrial é compartilhado com a tomada de consciência sobre os graves atrasos sociais existentes no interior do país.
Contexto Histórico
   
   A entrada do Brasil nos anos de 1930 foi marcada por uma série de acontecimentos significativos , destaca-se a subida de Getulio Vargas no poder. A necessidade de modernizar o país , a fim de que ocupasse uma posição menos secundaria no contexto mundial, fez parte do ideário de uma geração de pensadores, artistas e políticos. No plano internacional, o mundo vivia u conturbado embate entre ideologias bastantes distintas: O liberalismo x Comunismo .
Contexto Cultural
     
   Por toda Europa , a transição dos anos de 1920 para as duas décadas seguintes foi caracterizada, no campo das artes e da cultura. A arte, antes restrita as elites , também se torna um bem a ser usufruído pelas massas, e adquire valor mais democrático .

    Um dos responsáveis por essas intromissão, da arte na vida comum foi o cinema comercial, que era uma arte visual que podia, diferentemente de outras ligadas ao passado,podia alcançar públicos mais vastos do que o grupo privilegiado que consumia a arte tradicional,o preço acessível dos ingressos facilita seu consumo por um grande numero de pessoas.
     
     As transmissões de rádio e a imprensa ilustrada também se destacaram pela velocidade na difusão de informações; e os desenvolvimento da freqüência , impulsionou o aparecimento de estações voltadas a segmentos específicos do mercado consumidor, entretenimento fonográfico e a musica popular.
Contexto literário
     
     É possível organizar a produção literária da segunda fase do modernismo brasileiro em algumas tendências , entre elas o romance regionalista , e a poesia de expressão espiritualista. Sua obra e os acontecimentos mundiais e nacionais PE o que se trata a seguir.
   
    O sistema literário na segunda geração do Modernismo serviram para a consolidação do movimento iniciado em 1922, o modernismo a partir de 1930, conserva conquistas estéticas, como o uso de versos livres e de um vocabulário mais próximo do cotidiano . Amplia-se também numero de leitores de textos modernistas. A influencia de escritores como Mário de Andrade é sentida nessa nova fase. A luta contra o academicismo e a visão da arte como privilégio de poucos- marcas do parnasianismo- continuam na produção de escritores dessa nova geração.
    
     Os escritores modernistas de 1930 a 1945 entendem a ser a literatura um veículo de expressão das desigualdades, uma tomada de posição diante da realidade social. O romance , o conto ou o poema passam a apresentar um ponto de vista sobre os problemas que afetam alguns grupos sociais.
O romance regionalista
       
      Em 1926, realizou-se na cidade de Recife o Primeiro congresso Brasileiro de Regionalismo. Nesse encontro , é lido o Manifesto regionalista, que faz uma critica ao cosmopolitismo das grandes cidades e denuncia os hábitos de boa parte da burguesia nacional de supervalorizar o que é proveniente da cultura européia e perder a identificação com aquilo que é nacional.
A corrente espiritualista
   
   Partindo de influencias do Simbolismo,alguns escritores buscaram uma alternativa ao enfoque regionalista e procuraram expressar o embate do homem contra a realidade por meio de uma escrita intimista, no caso da prosa, e de uma perspectiva espiritual , no caso da poesia.
O papel da tradição
    
      De certa forma , a segunda fase do modernismo brasileiro estabelece um dialogo intenso com algumas das estéticas do final do século xix.O romance regionalista de 1930 tem suas raízes nos textos do Romantismo que procuraram fixar os tipos brasileiro- especialmente a prosa regional de José de Alencar , com suas imagens sugestivas e a utilização de sinestesias.Contudo , a segunda fase modernista não se restringe a essas duas correntes. A poesia de Carlos Drummond de Andrade , por exemplo, as ultrapassa, Murilo Mendes que propõe uma fusão original entre catolicismo, surrealismo e memória.





Estudo Dirigido:modernismo dos                                                                                    romanos(Regionalismo)




A) O sentido do texto de abertura do programa “Além da imaginação” no artigo de Natália Polesso, ela coloca quer fazer com que o leitor acredite no que ela diz sobre so regionalismo, para isso ela fala do regionalismo e faz comparações do mesmo com figuras que passam sabedoria confiança.   



B) Antonio Candido define regionalismo como um sistema de tendências de universalistas eparticularistas, ligadas por denominadores comuns, que permitem reconhecer as notas das dominantes duma fase. denominadores são, além das características internas, (língua, temas, imagens, certos elementos de natureza social e psíquica. R2: A autora critica a definição de Antonio Candido e a sua análise sobre as tendências que pata ela são opostas e não podem ser definidas dessa forma pôs elas são opostas historicamente, atribuindo o mesmo valor.



C) O problema de criar uma categoria dogmática referente a literatura regional é que ela pode excluir os indivíduos da sociedade , individualizando a literatura ao invés de incluir todos .


D) Para Polesso a literatura regionalista , podemos dizer que é um texto esteticamente regionalista, mas nele consta a temática nativista ou telurista e por um viés um tanto inovador, uma espécie de registro de mudança do statu quo e a desconfiança de um programa político-ideológico de propaganda regionalista de guerrilha, com o qual a autora obviamente não compartilhava interesse.


E) A relação entre o trecho citado de Berman na página 121 e os vários registros de regionalismo apresentados por Polesso na seção seguinte de seu artigo, er moderno é encontrar-se num ambiente que promete aventura, poder, alegria, crescimento, autotransformação e transformação das coisas ao redor – mas ao mesmo tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo o que sabemos, tudo o que somos. A experiência ambiental da modernidade (...) nos despeja a todos num turbilhão de permanente desintegração e mudança, de luta e contradição de ambiguidade e angústia.


F) o regionalismo presente na literatura romântica brasileira relacionou-se com o processo de busca identitária do país em processo de independência no Século XIX, O regionalismo, que desde o início do nosso romance constitui umas das principais vias de autodefinição da consciência local [...] transforma-se agora no “conto sertanejo”, que alcançava voga surpreendente. Gênero artificial e pretensioso, criando um sentimento subalterno e fácil de condescendência ao próprio país, a pretexto de amor da terra [...] que tratou o homem rural do ângulo pitoresco, sentimental e jocoso, favorecendo a seu respeito ideias-feitas perigosas tanto do ponto de vista social quanto, sobretudo estético.


G) Porque ele acredita ser contestável a sua idéia a respeito da sua caracterização do regionalismo , acreditando que a sua opinião não é tão correta.


H) O regionalismo que perpassa com mais força o movimento romântico, delineando as diferenças e peculiaridades culturais dentro da própria nação, como via dialética de integração nacional e denúncia, é relegado ao plano passadista e antiquado. Já no movimento modernista, a nação em amadurecimento, rompe paradigmas culturais mundiais e se torna o prisma pelo qual toda a literatura brasileira é analisada.


I) Simões Lopes Neto faz com que esses elementos (espaço e tempo) atuem como uma extensão do narrador e, a violência e a sátira intrínseca à obra são representadas como condição da Província sulina. A valorização de um passado sintetiza os valores gaúchos e aponta a harmonia social conquistada por meio dessa figura mítica e original do tropeiro. Diferente de Alcides Maia, segundo Regina Zilberman, o autor, retoma os elementos do regionalismo e transforma-os num instrumento de reflexão sobre a realidade gaúcha. Dá dimensão artística ao tipo regional enquanto um modelo propiciado pelo solo rio-grandense e solidário a ele,a linguagem, nessa diferenciação é ponto crucial, pois ela recria o mundo ficcional na obra de modo significativo e consistente.


J) Procurou mostrar que literatura é, por vezes, uma provocação ao conhecimento das coisas e do mundo.Essa dimensão recalcada, que parece ser o regionalismo, Por isso, essa região dentro da literatura, e uso região porque realmente cria-se fronteiras e relações diferentes entre público, obra, autor e crítica, não parece ser entendida.

quinta-feira, 24 de abril de 2014


Unidade 1


Capitulo 7°


         Introdução:

           (Manuel Bandeira e Alcântara Machado)


    Os modernistas da primeira geração se interessavam pelo registro dos acontecimentos prosaicos e buscavam captar a agitação das metrópoles, o cotidiano e a fala simples das pessoas. Para isso incorporaram assuntos antes considerados irrelevantes, como cenas urbanas e seus personagens e as misturas linguísticas decorrentes do contato do português brasileiro com os idiomas de imigrantes.


                              Manuel Bandeira


    Manuel Bandeira é considerado um dos mais importantes poetas brasileiros. Antes de amadurecer o lirismo próximo à coloquialidade, que se tornaria sua marca registrada no contexto do Modernismo, experimentou a influências de outras estéticas.


        Bandeira tinha domínio das variedades alternativas formais da poesia. No início dos anos 1920, quando se aproxima de Mário de Andrade e dos ideais estéticos do Modernismo, começa a compor poemas com versos livres e de um lirismo mais direto e espontâneo.



      Manuel Bandeira foi um dos mais ardorosos defensores do Modernismo, ainda que não se possa encaixá-lo em nenhuma das linhas nas quais se dividiu o movimento em seus primeiros dez anos. Alguns de seus poemas publicados nos anos iniciais do movimento modernista tornaram-se verdadeiras sínteses do ideal de renovação da literatura no Brasil das primeiras décadas do século XX.


        Aberto a todas as novidades que foram propostas pelos modernistas, ao longo do tempo. Bandeira foi estabelecendo uma poética própria. Entre seus Temas centrais, encontram-se o amor irrealizável, e as rememorações de infância, o jogo erótico, a observação do que se passa nas ruas. Contudo, há uma marca mais profunda que organiza esses e outros temas tratados pela sua poesia: ausência, figurada na imagem de morte.


                               Alcântara Machado



    Um dos primeiros grandes intérpretes do Modernismo de São Paulo, Antonio de Alcântara Machado (1901-1935) soube captar como poucos a efervescência das primeiras décadas do século XX na capital paulistana. Seu estilo cinematográfico, a linguagem concisa, feita de construções sintáticas que privilegiavam o coloquialismo, registra cenas da comunidade de imigrantes e faz nascer um modo novo de escrita literária.


        Em 1928, o autor publica a coletânea de contos Brás, Bexiga e Barra Funda, na qual narra situações cotidianas de comunidades ítalo-brasileiras que habitavam bairros afastados do centro paulistano e, aos poucos, misturavam-se com os moradores de outras regiões. A recusa de uma parcela tradicional da população em aceitar a ascensão econômica dos imigrantes italianos é registrada pela prosa direta do narrador.


     A grande novidade, porém, é de ordem literária, com a introdução de elementos da linguagem, como estrangeirismo, onomatopeias e uma nova sintaxe tão ágil quanto a vida em um centro urbano moderno. A prosa de Alcântara Machado foi uma das que melhor adequaram a nova forma de escrita modernista às mudanças pelas quais passava a sociedade brasileira.






Colégio Brigadeiro Newton Braga         Turma:3004           Aluna: Karoline Souza.



Unidade 1


CAPITULO 6°




INTRODUÇÃO:


  Literatura marco zero: Mário, Oswald e Raul Bopp



A primeira geração do modernismo caracterizou-se pela experimentação com a linguagem. A busca pela ampliação dos horizontes da linguagem artística , estimulada por influências europeias ,acompanhou uma reflexão profunda sobe o ser brasileiro.


       Mário de Andrade é considerado um dos maiores responsáveis pelo espírito inquieto e inventivo que caracterizou-se a primeira fase do modernismo.

      *A POESIA de Mário de Andrade representa os diversos caminhos pelo quais o modernismo transitou. Em seu livro de poemas Pauliceia Desvairada, entre as ideias de ruptura que defende , além do registro da língua brasileira, próxima a fala do povo , estão o verso livre e a escrita automática, é possível notar também efeitos de manipulação do eu lírico , como se ele tentasse dar conta de todo o conjunto de experiências que caracterizaram a modernidade. 
   *NO COMPO DA PROSA, três obras se destacam: Amar, verbo intransitivo (1927) , Macunaíma: o herói sem nenhum caráter(1928) e Contos novos: reúne nove contos , republicada em (1946) Macunaíma talvez seja o título mais célebre de Mário de Andrade, pode-se dizer que, bem à moda do modernismo brasileiro de primeira geração , obra é formada através de narrativas de gênero literário originário da Grécia antiga. Composta por uma junção de várias poéticas orais que representavam toda a tradição de um povo. A narrativa é repleta de peripécias e transformações que lembram a estrutura de mitos. Ao longo da obra , Macunaíma vive metamorfoses: (é criança ao início transforma-se em adulto amadurece e transforma-se em herói) , é indígena ,é negro e é branco, para ao final tornando-se uma estrela da constelação da Ursa maior.

     Oswald de Andrade: o desembaraço da invenção



  Escritor, ensaísta e dramaturgo , foi responsável por dois textos que ajudaram a delinear o modernismo no Brasil: o Manifesto Pau-Brasil e o Manifesto Antropofágico. Suas ideias sintetizaram uma maneira de responder ao problema que marcou profundamente a primeira geração de escritores modernistas: a busca pela identidade nacional. No o livro Pau-Brasil alguns elementos da concepção moderna da linguagem poética chamam a atenção.             No poema O recruta , à forma sintética , linguagem prosaica e desmontagem cômica do tema amoroso. A proposta de Oswald de Andrade é “limpar a poesia brasileira dos cipós do bacharelismo” constitui-se em uma grande renovação da linguagem literária. Oswald de Andrade soube, como poucos, criar uma poesia ao mesmo tempo sentimental e intelectual ,resultante da escolha de temas triviais que surpreendem como o poema “Balada do Esplanada”.



            Desconstrução da narrativa



     Na prosa, Oswald de Andrade produziu dois livros fundamentais para o Modernismo : Memórias sentimentais de João Miramar(1924) e Serafim ponte grande (1933). 

   Memórias sentimentais é considerado o real "marco zero” da prosa modernista. Constitui-se de episódios-fragmentos numerados que constroem uma espécie de autobiografia de Oswald. Nos episódios-fragmentos observa-se uma mescla de gêneros diversos , como poemas, citações, cartas, relatos de viajem. 
   A sátira realizada por Oswald em Memórias sentimentais visa principalmente os intelectuais de província como Machado Penumbra, adeptos do linguajar empolado e pomposo que a literatura modernista criticava implacavelmente.




             Raul Bopp: as raízes populares da poesia



         O poeta gaúcho se preocupava em recuperar as lendas e os mitos das culturas indígenas e negra, Raul Bopp (1898-1984) tem como obra de maior destaque o poema narrativo Cobra Norato. Esse poema , composto de 33 partes , apresenta uma estrutura que lembra muito uma montagem cinematográfica , com imagens justapostas e uma espécie de escrita em que versos e estrofes aparecem e reaparecem em outras partes ao longo do texto. Outro componente da poética de Bopp é a construção de um panorama da presença negra no país, marcada pela publicação de Urucungo, em 1932. A escravidão, a identidade negra e a relação com os brancos são temas recorrentes nesse livro.O comportamento violento e arbitrário da senhora branca é tratado no poema                Dona Chica com recursos estilísticos consagrados pelo modernismo: frases curtas, amplo uso do registro coloquial; diálogos e outros elementos narrativos.



     
    
     


Colégio Brigadeiro Newton Braga. Turma: 3004. Aluna: Karoline Souza. 

quinta-feira, 10 de abril de 2014


Capitulo 5°


       Resumo :


            Foi a partir da primeira semana de Arte moderna, em 1922 que o modernismo nascido na cidade de são Paulo, ganhou bases mais sólidas e se espalhou pelo país. O evento aproximou os artistas, criando um diálogo bastante intenso entre os escritores, mas também entre os artistas plásticos, músicos e arquitetos. Em um contexto de produção aquecido, surgiram obras que permitiram o Brasil a rever seus modelos de composição artística para recolocar a importância cultural popular e repensar valores morais fazendo com que a primeira geração modernista brasileira começasse a ganhar autonomia em relação à produção literária estrangeira, deixando de importar acriticamente modelos estéticos criados nas grandes capitais culturais do mundo.

                              Contexto histórico



        O Modernismo teve início em meio à fortalecida economia do café e suas oligarquias rurais. A política do “café com leite” ditava o cenário econômico, ilustrado pelo eixo São Paulo - Minas Gerais. Contudo, a industrialização chegava ao Brasil em consequência da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e ocasionou o processo de urbanização e o surgimento da burguesia.


        O número de imigrantes europeus crescia nas zonas rurais para o cultivo do café e nas zonas urbanas na mão de obra operária.
Nessa época, São Paulo passava por diversas greves feitas pelos movimentos operários de fundamentação anarquista.


        Com a Revolução Russa, em 1917, o partido comunista foi fundado e as influências do anarquismo na sociedade ficavam cada vez menos visíveis. A sociedade paulistana estava bastante diversificada, formada por “barões do café”, comerciantes, anarquistas, comunistas, burgueses e nordestinos refugiados na capital.


       Este movimento cultural foi idealizado e liderado por um grupo de artistas chamado Grupo dos cinco, integrado pelos escritores Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia e pelas pintoras Tarsila do Amaral e Anita Malfatti, além de contar com várias participações artísticas. 
É considerado um movimento não só artístico como também político e social, já que se opunha à política totalitária da época, bem como da contradição social entre os proletários e imigrantes e as oligarquias rurais.

                               Contexto cultural



        O Modernismo tem seu marco inicial com a realização da Semana de Arte Moderna, em fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo. O grupo de artistas formado por pintores, músicos e escritores pretendia trazer as influências das vanguardas europeias à cultura brasileira. Essas correntes europeias expunham na literatura as reflexões dos artistas sobre a realidade social e política vivida. Por este motivo, o movimento artístico “Semana de Arte Moderna” quis trazer a reflexão sobre a realidade brasileira sociopolítica do início do século XX.


          A Semana de Arte Moderna trouxe um rompimento, uma destruição das estruturas clássicas, acadêmicas, harmônicas, e por esse motivo tem caráter anárquico e destruidor. Mário    de Andrade    chamou a primeira fase do Modernismo  de “fase da destruição”, já que é totalmente contraditória ao parnasianismo ou simbolismo das décadas anteriores. Os artistas têm em comum a busca pela origem, daí vem o nacionalismo e acarreta a volta às origens e valorização do índio brasileiro. 

                                 Contexto literário


    A primeira fase modernista também é marcada pelos manifestos nacionalistas: do Pau-Brasil, da Antropofagia, do Verde-Amarelismo e o da Escola da Anta. Podemos destacá-los da seguinte forma:


       • Manifesto Pau-Brasil: escrito por Oswald de Andrade, publicado no jornal “Correio da Manhã”, em 18 de março de 1924, apresentou uma proposta de literatura vinculada à realidade brasileira e às características culturais do povo brasileiro, com a intenção de causar um sentimento nacionalista, uma retomada de consciência nacional.

            • Antropofagia: publicado entre os meses de maio de 1928 e fevereiro de 1929, sob direção de Antônio de Alcântara Machado, surgiu como nova etapa do nacionalismo “Pau-Brasil” e resposta ao “Verde-Amarelismo”. Sua origem se dá a partir de uma tela feita por Tarsila do Amaral, em janeiro de 1928, batizada de Abaporu( aba= homem e poru = que come). Assinado por Oswald de Andrade, tinha, como diz Antônio Cândido, “uma atitude brasileira de devoração ritual dos valores europeus, a fim de superar a civilização patriarcal e capitalista, com suas normas rígidas no plano social e os seus recalques impostos, no plano psicológico”

   •Verde-Amarelismo: este movimento surgiu como resposta ao “nacionalismo afrancesado” do Pau-Brasil, em 1926, apresentado, principalmente, por Oswald de Andrade, liderado por Plínio Salgado. O principal objetivo era o de propor um nacionalismo puro, primitivo, sem qualquer tipo de influência.

            • Anta: parte do movimento Verde-Amarelismo, representa a proposta do nacionalismo primitivo elegendo como símbolo nacional a “anta”, além de vangloriar a língua indígena “tupi”. 

        Através das características desses manifestos, temos por análise a identificação de duas posturas nacionalistas distintas: de um lado o nacionalismo consciente, crítico da realidade brasileira, e de outro um nacionalismo ufanista, utópico, exacerbado.
       principais escritores da primeira fase do Modernismo são: Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, Antônio de Alcântara Machado. 

segunda-feira, 24 de março de 2014

Unidade 1


1º Capitulo
         
        Introdução:
   
A produção literária brasileira do início do século XX foi marcada pela coexistência de manifestações que davam continuidade a arte do século anterior.Não existia uma orientação estética inovadora e unificadora, mas assim a permanência de traços realistas, naturalistas, parnasianos e simbolistas, que se mesclavam e se aplicavam a novos contextos. Porém, os autores pré-modernistas iniciavam a revisão do nacionalismo, trocando o ufanismo pelo questionamento e pela crítica da organização social do país. Essa crítica atingia setores como oo exército, a administração das cidades e as política agrícolas, porém ela chegou a propor um novo projeto de país.

Os conflitos políticos que originaram , em 1914, a Primeira Guerra Mundial marcaram o ínicio do século XX na Europa. As grandes transformações científicas e tecnológicas do periodo resultaram em novos posicionamentos do homem diante do mundo , inclusive no campo artístico. Tal cenário não contagiou a realidade brasileira nesse periodo. Nossos artistas preferiram aprofundar o olhar para as questões nacionais, passando ao largo das inovaçoes formais que começavam a ser praticadas na Europa.

Contexto de produção :

As primeiras décadas do século XX foram marcadas pela consolidação da República e pela política do ''café com leite ", que submeteu o país aos interesses de cafeicultores paulistas e pecuaristas mineiros. A economia dependia desses setores, sobretudo do equilíbrio entre a produção e a exportação do café; se os mercados externos não absorviam toda a produção de café, ocorriam as chamadas ''crises de superprodução'' e o Estado saia em socorro dos cafeicultores.

Contexto Histórico :
O Pré-Modernismo contou com importantes cronistas, que documentaram a modernização do país e seus contrastes. Um deles foi Lima Barreto, que analisou a fragilidade da economia brasileira em sua crônica '' As riquezas da Bruzundanga".

Contexto cultural :

No contexto das desigualdades do ínicio do século, chama a atenção o artificialismo em que viviam as classes superiores. Importavam os produtos europeus e também o modo de vida francês, que estimulava, sobretudo, a ostentação de uma aparência e de um gosto artístico elitista, apegadas às modas parnasiana e simbolista.

O período, porém, foi igualmente marcado por um novo posicionamento das camadas populares, que começaram a afirmar o seu gosto artístico,descartando aquele ditado pela elite.

Contexto Literário :

As produções do início do século são agrupadas sob a designação pré-modernista pela inserção naquele tempo histórico e por iniciarem a busca pelo brasileiro desconhecido, que passou a ser retratado de modo objetivo e distanciado. O Pré-modernismo é considerado apenas uma fase de transição da literatura brasileira.

Sistema literário do Pré-Modernismo :
Algumas inovações técnicas trouxeram avanços significativos para o jornalismo no ínicio do século como : A fotografia, e o telégrafo. Essas inovações resultaram num maior interesse dos leitores.

Os textos mais importantes do período valeram-se de linguagem próxima à jornalística e buscaram investigar e compreender a realidade nacional. Tematicamente, o nacionalismo crítico é a marca distintiva do Pré-modernismo.

Tradição :


A consideraçãop feita apartir da caracterização da raça, revela que as teorias científicas do século anterior, principalmente o determinismo e o evolucionismo, ainda tinham prestígios. A análise dos problemas sociais partia do pressuposto de que elementos como o meio, a raça e as condições históricas determinavam comportamentos e de que alguns traços tornavamuma raça mais competente para a sobrevivência e para a dominação. Esse pensamento herdado do século XIX, permeou as reflexões dos pré-mordenistas, mas eles rejeitaram o determinismo posto em prática mecanicamente pelos naturalistas.

Ainda no campo das heranças, é importante considerar que predominaram os pressupostosde observação e análise dos realistas. Os artistas privilegiaram o retrato do brasileiro comum em sua existência cotidiana, focando suas condições de trabalho e suas relações sociais.Apesar disso, algumas passagens de livros da época lembram o esteticismo parnasiano, principalmente nas descrições.

Fuga do Ceticismo :


Na produção identificada como pré-modernista, houve um consciente afastamento da poesia parnasiana e arecusa em repetir procedimentosformalistas e padronizados,acomodados ao gosto da elite.
Para fugir do esteticismo, os pré-modernistas optaram por uma linguagem mais direta e próxima da realidade das falas dos brasileiros.




2° Capitulo 
                  Literatura em transcrição
·         Euclides da Cunha: A anatomia do sertão,


       Em 1897, Euclides da cunha (1866-1909) foi designado pelo jornal  O Estado de S. Paulo para cobrir a campanha do Exército brasileiro contra o arraial de Canudos, reduto de sertanejos localizado no sertão da Bahia.
Euclides partilhava as convicções do governo republicano e da população dos centros urbanos: via os sertanejos como bárbaros.A cobertura do evento, porém, apresentou-lhe outra face da questão. Em vez de bárbaros , o escritor deparou com brasileiros desamparados pelo Estado, submetidos ao isolamento cultural, a condições naturais desfavoráveis e ao trabalho servil imposto pelo latifundiários.
       Essa visão foi transposta para a obra Os sertões , publicada cinco anos após seu retorno .O livro critica as ações do Exercito e a atuação do governo republicano , destacando os contrastes entre condições de vida no litoral e no interior .


·         Entre o cientifico e o literário ,


       A obra Os sertões é composta por três partes:  “A terra”, “O homem” e” A luta”. Inicialmente, Euclides da Cunha descreve aspectos geográficos da região de Canudos ,focando a dificuldade de sobrevivência , principalmente devido a seca. A descrição extrai argumentos em que se explica a formação do tipo de sertanejo, narrativa longa .Essa organização mostra a orientação determinista adotada pelo autor. Para o autor, a liderança de Antonio .
     Conselheiro sobre os sertanejos não surgiu de sua capacidade superior, mas sim da confluência nele de todo o atraso da sociedade sertaneja.
     A abordagem  proposta pelo autor pressupunha o uso da linguagem precisa e o emprego de termos técnicos , que abundam principalmente em “A terra” , no entanto, o estilo de Euclides da Cunha não é impessoal e verifica-se a estilização da linguagem mesmo em trechos descritivos como este, que narra o estouro de uma boiada.
     Na ultima parte de Os sertões ,”A Luta”o movimento das tropas nas Euclides da Cunha narrou minuciosamente o movimento das tropas nas quatro expedições enviadas para região de Canudos , valendo-se de relatos de soldados, jornalistas e moradores da região. O autor foi testemunha ocular apenas da ultima etapa do conflito, momento que relata nas paginas finais do livro.


·         Monteiro Lobato


      Provavelmente  a obra infanto-juvenil de Monteiro Lobato (1882-1948) é mais conhecida do que a destinada aos adultos. Com suas historias sobre o Sitio do Pica-pau Amarelo, o autor propôs uma alternativa a literatura infantil traduzida, que não oferecia as crianças elementos de sua cultura e de sua língua.
      Monteiro Lobato defendia a função social da literatura. Para concretizá-la , retratou a vida da região em que viveu. O caboclo era o trabalhador rural mestiço de índio  com branco, isolado dos centros urbanos, sem escolaridade e desassistido pelos serviços públicos.
      Nos contos de Urupês , Negrinha e Cidades mortas, Lobato registrou a vida nos vilarejos e seus problemas, como se lê no miniconto “Pé no chão”.
      As historias geralmente visam provocar comoção ou surpresa elementos em função dos quais se articulam as descrições e ações narradas.
      A descrição de Das Dores evidencia a tendência de Lobato  á caricatura , composição marcada pelo exagero de um traço característico. Lobato recorreu a tradição realista –naturalista , da qual vinhas ao pressupostos científicos de degeneração radical causada pela miscigenação , muito empregado por ele.
     Em 1914 , Lobato escreveu o jornal O estado de S.Paulo o artigo “Velha praga”, em que denunciava a pratica de queimadas para limpas áreas de plantação no ineterior do estado de São Paulo,. No artigo “Urupês” , apresentou o caboclo como preguiçoso ,ignorante e apático.




·         Lima Barreto : Um projeto de Brasil


     As narrativas de Lima Barreto (1881-1922) têm muito de crônica, gênero que exercitava como jornalista. Dela vieram as cenas cotidianas e a linguagem fluente e objetiva, distante do artificialismo corrente na época.
     Lima Barreto usou observações pessoais para compor os variados tipos que povoam seus contos e romances: suburbanos, políticos, burocratas, artistas, militares, entre muitos  outro que conheceu trabalhando em uma participação publica e em jornais.


·         Augusto  dos anjos


      Augusto dos Anjos (1884-1914) é um caso singular .Do parnasianismo tirou o gosto pelo soneto; Simbolismo, o tema da angustia existência ;de ambos, o cuidado com a forma. Os poemas de Augusto  tematizam a dor de existir e a inevitabilidade da morte.Para expressar sua visão negativa, o eu lírico desestabiliza a própria poesia, recorrendo a termos e a imagens incomuns no campo poético como se lê em “Psicologia de um vencido”.
 Colégio Brigadeiro Newton Braga    Turma:3004     Aluna: Karoline Souza.