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segunda-feira, 7 de julho de 2014


Capítulo 9-Unidade 4




O Nordeste revisitado

           
        Uma das fortes tendências da segunda fase da literatura modernista veio do Nordeste e do grupo de escritores cuja produção se convencionou chamar de “Romance de 30”. Mesclando as propostas do Modernismo ao regionalismo surgido no período romântico e a perspectiva realista do final do século XIX. Escritores mais importantes dessa geração :Raquel de Queirós, Jorge Amado, José Lins do Rego e Graciliano Ramos.

                                Raquel de Queirós

       
          Raquel exerceu profissionalmente a atividade de jornalista . Nesse gênero , a obra mais importante e conhecida é seu livro de estréia, O quinze, publicado em 1930.
A parte mais importante da obra está no segundo núcleo. A descrição dos inúmeros problemas da família de Chico Bento- as dificuldades financeiras, a fome, a morte de um filho,a fuga de outro, os “ campos de concentração” de retirantes em Fortaleza -compõe o retrato realista de um contexto e suas trágicas implicações socioeconômica .

                                    Jorge Amado

   
         Os primeiros romances de Jorge são marcados pela denuncia da miséria e da exploração sofrida pelas classes marginalizadas da sociedade baiana. Entre a cidade e a zona rural, trabalhadores do porto, das fazendas de cacau, prostitutas , negros e menino de rua são o os tipos sociais mais freqüentes dessas narrativas, por quem o autor manifesta um sentimento de solidariedade e aos quais lança um olhar lírico.
 
       A adesão irrestrita de Jorge Amado aos ideais comunistas, porém, confere ás narrativas desse período uma dimensão panfletaria. São suas obras mais conhecidas dessa fase : Cacau(1933), Mar Morto(1936), Capitães de Areia (1937) e Terras do sem-fim(1943).

                                          José Lins.


        José Lins, empregou uma linguagem fluente, marcada pela oralidade, para articular matérias –primas variadas: Memórias da região canavieira , pesquisa histórica, imaginação, personagens marcantes.

       O próprio escritor foi responsável pela divisão mais conhecida de sua obra e fases, ou em ciclos, que correspondem também aos movimentos sociais dos contextos observados:

  • O ciclo de cana -de- açúcar, abrangendo os romances Menino de engenho, Doidinho, Banguê,O moleque Ricardo, Usina e Fogo morto;
  • O ciclo do cangaço e do misticismo, com os romances Pedra bonita e Cangaceiros;
  • E romances independentes, como Pureza,Riacho doce, Àgua -mãe e Euridice.
     Dessas três fases, o ciclo da cana é sem dúvida a mais importante, e romance Fogo morto, seu ponto mais alto. A narrativa retrata a ascensão e decadência de um engenho de açúcar (expressão “fogo morto” refere-se ao encerramento da operação de um engenho de cana.

                                    Graciliano Ramos

   
      A paisagem Nordestina comparece também na ficção de Graciliano, como em outros escritores do período , mas aqui ela importa menos do que a representação de um homem em conflito com a natureza, com a sociedade e consigo mesmo.
       

                                    Primeiras Obras


      Os quatro primeiros livros publicados por Graciliano compõem o conjunto mais importante de sua produção literária. São os romances
 
  • Caetés
  • São bernado
  • Angústia
  • Vidas secas

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