1º Capitulo
Introdução:
A produção literária brasileira do início do século XX foi marcada pela coexistência de manifestações que davam continuidade a arte do século anterior.Não existia uma orientação estética inovadora e unificadora, mas assim a permanência de traços realistas, naturalistas, parnasianos e simbolistas, que se mesclavam e se aplicavam a novos contextos. Porém, os autores pré-modernistas iniciavam a revisão do nacionalismo, trocando o ufanismo pelo questionamento e pela crítica da organização social do país. Essa crítica atingia setores como oo exército, a administração das cidades e as política agrícolas, porém ela chegou a propor um novo projeto de país.
Os conflitos políticos que originaram , em 1914, a Primeira Guerra Mundial marcaram o ínicio do século XX na Europa. As grandes transformações científicas e tecnológicas do periodo resultaram em novos posicionamentos do homem diante do mundo , inclusive no campo artístico. Tal cenário não contagiou a realidade brasileira nesse periodo. Nossos artistas preferiram aprofundar o olhar para as questões nacionais, passando ao largo das inovaçoes formais que começavam a ser praticadas na Europa.
Contexto de produção :
As primeiras décadas do século XX foram marcadas pela consolidação da República e pela política do ''café com leite ", que submeteu o país aos interesses de cafeicultores paulistas e pecuaristas mineiros. A economia dependia desses setores, sobretudo do equilíbrio entre a produção e a exportação do café; se os mercados externos não absorviam toda a produção de café, ocorriam as chamadas ''crises de superprodução'' e o Estado saia em socorro dos cafeicultores.
Contexto Histórico :
O Pré-Modernismo contou com importantes cronistas, que documentaram a modernização do país e seus contrastes. Um deles foi Lima Barreto, que analisou a fragilidade da economia brasileira em sua crônica '' As riquezas da Bruzundanga".
Contexto cultural :
No contexto das desigualdades do ínicio do século, chama a atenção o artificialismo em que viviam as classes superiores. Importavam os produtos europeus e também o modo de vida francês, que estimulava, sobretudo, a ostentação de uma aparência e de um gosto artístico elitista, apegadas às modas parnasiana e simbolista.
O período, porém, foi igualmente marcado por um novo posicionamento das camadas populares, que começaram a afirmar o seu gosto artístico,descartando aquele ditado pela elite.
Contexto Literário :
As produções do início do século são agrupadas sob a designação pré-modernista pela inserção naquele tempo histórico e por iniciarem a busca pelo brasileiro desconhecido, que passou a ser retratado de modo objetivo e distanciado. O Pré-modernismo é considerado apenas uma fase de transição da literatura brasileira.
Sistema literário do Pré-Modernismo :
Algumas inovações técnicas trouxeram avanços significativos para o jornalismo no ínicio do século como : A fotografia, e o telégrafo. Essas inovações resultaram num maior interesse dos leitores.
Os textos mais importantes do período valeram-se de linguagem próxima à jornalística e buscaram investigar e compreender a realidade nacional. Tematicamente, o nacionalismo crítico é a marca distintiva do Pré-modernismo.
Tradição :
A consideraçãop feita apartir da caracterização da raça, revela que as teorias científicas do século anterior, principalmente o determinismo e o evolucionismo, ainda tinham prestígios. A análise dos problemas sociais partia do pressuposto de que elementos como o meio, a raça e as condições históricas determinavam comportamentos e de que alguns traços tornavamuma raça mais competente para a sobrevivência e para a dominação. Esse pensamento herdado do século XIX, permeou as reflexões dos pré-mordenistas, mas eles rejeitaram o determinismo posto em prática mecanicamente pelos naturalistas.
Ainda no campo das heranças, é importante considerar que predominaram os pressupostosde observação e análise dos realistas. Os artistas privilegiaram o retrato do brasileiro comum em sua existência cotidiana, focando suas condições de trabalho e suas relações sociais.Apesar disso, algumas passagens de livros da época lembram o esteticismo parnasiano, principalmente nas descrições.
Fuga do Ceticismo :
Na produção identificada como pré-modernista, houve um consciente afastamento da poesia parnasiana e arecusa em repetir procedimentosformalistas e padronizados,acomodados ao gosto da elite.
Para fugir do esteticismo, os pré-modernistas optaram por uma linguagem mais direta e próxima da realidade das falas dos brasileiros.
2° Capitulo
A produção literária brasileira do início do século XX foi marcada pela coexistência de manifestações que davam continuidade a arte do século anterior.Não existia uma orientação estética inovadora e unificadora, mas assim a permanência de traços realistas, naturalistas, parnasianos e simbolistas, que se mesclavam e se aplicavam a novos contextos. Porém, os autores pré-modernistas iniciavam a revisão do nacionalismo, trocando o ufanismo pelo questionamento e pela crítica da organização social do país. Essa crítica atingia setores como oo exército, a administração das cidades e as política agrícolas, porém ela chegou a propor um novo projeto de país.
Os conflitos políticos que originaram , em 1914, a Primeira Guerra Mundial marcaram o ínicio do século XX na Europa. As grandes transformações científicas e tecnológicas do periodo resultaram em novos posicionamentos do homem diante do mundo , inclusive no campo artístico. Tal cenário não contagiou a realidade brasileira nesse periodo. Nossos artistas preferiram aprofundar o olhar para as questões nacionais, passando ao largo das inovaçoes formais que começavam a ser praticadas na Europa.
Contexto de produção :
As primeiras décadas do século XX foram marcadas pela consolidação da República e pela política do ''café com leite ", que submeteu o país aos interesses de cafeicultores paulistas e pecuaristas mineiros. A economia dependia desses setores, sobretudo do equilíbrio entre a produção e a exportação do café; se os mercados externos não absorviam toda a produção de café, ocorriam as chamadas ''crises de superprodução'' e o Estado saia em socorro dos cafeicultores.
Contexto Histórico :
O Pré-Modernismo contou com importantes cronistas, que documentaram a modernização do país e seus contrastes. Um deles foi Lima Barreto, que analisou a fragilidade da economia brasileira em sua crônica '' As riquezas da Bruzundanga".
Contexto cultural :
No contexto das desigualdades do ínicio do século, chama a atenção o artificialismo em que viviam as classes superiores. Importavam os produtos europeus e também o modo de vida francês, que estimulava, sobretudo, a ostentação de uma aparência e de um gosto artístico elitista, apegadas às modas parnasiana e simbolista.
O período, porém, foi igualmente marcado por um novo posicionamento das camadas populares, que começaram a afirmar o seu gosto artístico,descartando aquele ditado pela elite.
Contexto Literário :
As produções do início do século são agrupadas sob a designação pré-modernista pela inserção naquele tempo histórico e por iniciarem a busca pelo brasileiro desconhecido, que passou a ser retratado de modo objetivo e distanciado. O Pré-modernismo é considerado apenas uma fase de transição da literatura brasileira.
Sistema literário do Pré-Modernismo :
Algumas inovações técnicas trouxeram avanços significativos para o jornalismo no ínicio do século como : A fotografia, e o telégrafo. Essas inovações resultaram num maior interesse dos leitores.
Os textos mais importantes do período valeram-se de linguagem próxima à jornalística e buscaram investigar e compreender a realidade nacional. Tematicamente, o nacionalismo crítico é a marca distintiva do Pré-modernismo.
Tradição :
A consideraçãop feita apartir da caracterização da raça, revela que as teorias científicas do século anterior, principalmente o determinismo e o evolucionismo, ainda tinham prestígios. A análise dos problemas sociais partia do pressuposto de que elementos como o meio, a raça e as condições históricas determinavam comportamentos e de que alguns traços tornavamuma raça mais competente para a sobrevivência e para a dominação. Esse pensamento herdado do século XIX, permeou as reflexões dos pré-mordenistas, mas eles rejeitaram o determinismo posto em prática mecanicamente pelos naturalistas.
Ainda no campo das heranças, é importante considerar que predominaram os pressupostosde observação e análise dos realistas. Os artistas privilegiaram o retrato do brasileiro comum em sua existência cotidiana, focando suas condições de trabalho e suas relações sociais.Apesar disso, algumas passagens de livros da época lembram o esteticismo parnasiano, principalmente nas descrições.
Fuga do Ceticismo :
Na produção identificada como pré-modernista, houve um consciente afastamento da poesia parnasiana e arecusa em repetir procedimentosformalistas e padronizados,acomodados ao gosto da elite.
Para fugir do esteticismo, os pré-modernistas optaram por uma linguagem mais direta e próxima da realidade das falas dos brasileiros.
2° Capitulo
Literatura em transcrição
· Euclides da Cunha: A anatomia do sertão,
Em 1897, Euclides da cunha (1866-1909) foi designado pelo jornal O Estado de S. Paulo para cobrir a campanha do Exército brasileiro contra o arraial de Canudos, reduto de sertanejos localizado no sertão da Bahia.
Euclides partilhava as convicções do governo republicano e da população dos centros urbanos: via os sertanejos como bárbaros.A cobertura do evento, porém, apresentou-lhe outra face da questão. Em vez de bárbaros , o escritor deparou com brasileiros desamparados pelo Estado, submetidos ao isolamento cultural, a condições naturais desfavoráveis e ao trabalho servil imposto pelo latifundiários.
Essa visão foi transposta para a obra Os sertões , publicada cinco anos após seu retorno .O livro critica as ações do Exercito e a atuação do governo republicano , destacando os contrastes entre condições de vida no litoral e no interior .
· Entre o cientifico e o literário ,
A obra Os sertões é composta por três partes: “A terra”, “O homem” e” A luta”. Inicialmente, Euclides da Cunha descreve aspectos geográficos da região de Canudos ,focando a dificuldade de sobrevivência , principalmente devido a seca. A descrição extrai argumentos em que se explica a formação do tipo de sertanejo, narrativa longa .Essa organização mostra a orientação determinista adotada pelo autor. Para o autor, a liderança de Antonio .
Conselheiro sobre os sertanejos não surgiu de sua capacidade superior, mas sim da confluência nele de todo o atraso da sociedade sertaneja.
A abordagem proposta pelo autor pressupunha o uso da linguagem precisa e o emprego de termos técnicos , que abundam principalmente em “A terra” , no entanto, o estilo de Euclides da Cunha não é impessoal e verifica-se a estilização da linguagem mesmo em trechos descritivos como este, que narra o estouro de uma boiada.
Na ultima parte de Os sertões ,”A Luta”o movimento das tropas nas Euclides da Cunha narrou minuciosamente o movimento das tropas nas quatro expedições enviadas para região de Canudos , valendo-se de relatos de soldados, jornalistas e moradores da região. O autor foi testemunha ocular apenas da ultima etapa do conflito, momento que relata nas paginas finais do livro.
· Monteiro Lobato
Provavelmente a obra infanto-juvenil de Monteiro Lobato (1882-1948) é mais conhecida do que a destinada aos adultos. Com suas historias sobre o Sitio do Pica-pau Amarelo, o autor propôs uma alternativa a literatura infantil traduzida, que não oferecia as crianças elementos de sua cultura e de sua língua.
Monteiro Lobato defendia a função social da literatura. Para concretizá-la , retratou a vida da região em que viveu. O caboclo era o trabalhador rural mestiço de índio com branco, isolado dos centros urbanos, sem escolaridade e desassistido pelos serviços públicos.
Nos contos de Urupês , Negrinha e Cidades mortas, Lobato registrou a vida nos vilarejos e seus problemas, como se lê no miniconto “Pé no chão”.
As historias geralmente visam provocar comoção ou surpresa elementos em função dos quais se articulam as descrições e ações narradas.
A descrição de Das Dores evidencia a tendência de Lobato á caricatura , composição marcada pelo exagero de um traço característico. Lobato recorreu a tradição realista –naturalista , da qual vinhas ao pressupostos científicos de degeneração radical causada pela miscigenação , muito empregado por ele.
Em 1914 , Lobato escreveu o jornal O estado de S.Paulo o artigo “Velha praga”, em que denunciava a pratica de queimadas para limpas áreas de plantação no ineterior do estado de São Paulo,. No artigo “Urupês” , apresentou o caboclo como preguiçoso ,ignorante e apático.
· Lima Barreto : Um projeto de Brasil
As narrativas de Lima Barreto (1881-1922) têm muito de crônica, gênero que exercitava como jornalista. Dela vieram as cenas cotidianas e a linguagem fluente e objetiva, distante do artificialismo corrente na época.
Lima Barreto usou observações pessoais para compor os variados tipos que povoam seus contos e romances: suburbanos, políticos, burocratas, artistas, militares, entre muitos outro que conheceu trabalhando em uma participação publica e em jornais.
· Augusto dos anjos
Augusto dos Anjos (1884-1914) é um caso singular .Do parnasianismo tirou o gosto pelo soneto; Simbolismo, o tema da angustia existência ;de ambos, o cuidado com a forma. Os poemas de Augusto tematizam a dor de existir e a inevitabilidade da morte.Para expressar sua visão negativa, o eu lírico desestabiliza a própria poesia, recorrendo a termos e a imagens incomuns no campo poético como se lê em “Psicologia de um vencido”.
Colégio Brigadeiro Newton Braga Turma:3004 Aluna: Karoline Souza.
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