...

...

segunda-feira, 7 de julho de 2014


Capítulo 10- unidade 4



                                                        O ciclo do Sul


Érico Veríssimo: 

             Sucesso popular e restrições da critica


      As narrativas de Érico Veríssimo, costumam ser divididas em três fases: Primeira fase- urbama segunda fase- histórica, terceira fase- politica.
      A primeira fase analisa a vida pequeno-burguesia da sociedade gaucha a partir da década de 1930, em todas as suas obras uma discreta sondagem psicológica mistura-se á reflexão social.

     A trilogia O tempo e o vento corresponde á segunda fase da carreira de Verissimo. Considerada sua obra prima, alinhada o escritor á tendência regionalista da segunda geração do Modernismo. Divide-se em três partes- O continente , O retrato e o Arquipélago.
  
       Pertencem á terceira fase os romances escritos na época em que o Brasil e outros países da America do sul estavam sob o governo de ditaduras.
Verissimo nem sempre foi tão bem recebido pela critica quanto costumava ser pelo público.Assumidamente um “contador de historias”, Erico Veríssimo soube habilmente criar tramas envolventes por meio de linguagens simples, feita de períodos curtos e vocabulário comum.

 

              Dynoélio Machado: ratos ou homens


        Embora Dynoélio Machado tenha publicado seu romance de estréia , Os ratos , é considerado sua obra-prima . A narrativa , trata do drama de Naziazeno Barbosa, pai de família, funcionário publico paupérrimo, que tem 24h para pagar uma divida com o leitero.

    O foco narrativo em terceira pessoa parece, á primeira vista, estar totalmente “colado” á personagem, como se o narrador nada visse e sentisse além do que vê e sente a personagem.Mas na verdade o narrador distancia-se da personagem por meio de recurstos sutis , como o itálico na palavra Luta, o narrador emprega abundantemente as aspas com a mesma finalidade de distanciamento critico em relação á personagem. Outra sutileza que o narrador manipula com o propósito critico é o vacabulário.


Capítulo 9-Unidade 4




O Nordeste revisitado

           
        Uma das fortes tendências da segunda fase da literatura modernista veio do Nordeste e do grupo de escritores cuja produção se convencionou chamar de “Romance de 30”. Mesclando as propostas do Modernismo ao regionalismo surgido no período romântico e a perspectiva realista do final do século XIX. Escritores mais importantes dessa geração :Raquel de Queirós, Jorge Amado, José Lins do Rego e Graciliano Ramos.

                                Raquel de Queirós

       
          Raquel exerceu profissionalmente a atividade de jornalista . Nesse gênero , a obra mais importante e conhecida é seu livro de estréia, O quinze, publicado em 1930.
A parte mais importante da obra está no segundo núcleo. A descrição dos inúmeros problemas da família de Chico Bento- as dificuldades financeiras, a fome, a morte de um filho,a fuga de outro, os “ campos de concentração” de retirantes em Fortaleza -compõe o retrato realista de um contexto e suas trágicas implicações socioeconômica .

                                    Jorge Amado

   
         Os primeiros romances de Jorge são marcados pela denuncia da miséria e da exploração sofrida pelas classes marginalizadas da sociedade baiana. Entre a cidade e a zona rural, trabalhadores do porto, das fazendas de cacau, prostitutas , negros e menino de rua são o os tipos sociais mais freqüentes dessas narrativas, por quem o autor manifesta um sentimento de solidariedade e aos quais lança um olhar lírico.
 
       A adesão irrestrita de Jorge Amado aos ideais comunistas, porém, confere ás narrativas desse período uma dimensão panfletaria. São suas obras mais conhecidas dessa fase : Cacau(1933), Mar Morto(1936), Capitães de Areia (1937) e Terras do sem-fim(1943).

                                          José Lins.


        José Lins, empregou uma linguagem fluente, marcada pela oralidade, para articular matérias –primas variadas: Memórias da região canavieira , pesquisa histórica, imaginação, personagens marcantes.

       O próprio escritor foi responsável pela divisão mais conhecida de sua obra e fases, ou em ciclos, que correspondem também aos movimentos sociais dos contextos observados:

  • O ciclo de cana -de- açúcar, abrangendo os romances Menino de engenho, Doidinho, Banguê,O moleque Ricardo, Usina e Fogo morto;
  • O ciclo do cangaço e do misticismo, com os romances Pedra bonita e Cangaceiros;
  • E romances independentes, como Pureza,Riacho doce, Àgua -mãe e Euridice.
     Dessas três fases, o ciclo da cana é sem dúvida a mais importante, e romance Fogo morto, seu ponto mais alto. A narrativa retrata a ascensão e decadência de um engenho de açúcar (expressão “fogo morto” refere-se ao encerramento da operação de um engenho de cana.

                                    Graciliano Ramos

   
      A paisagem Nordestina comparece também na ficção de Graciliano, como em outros escritores do período , mas aqui ela importa menos do que a representação de um homem em conflito com a natureza, com a sociedade e consigo mesmo.
       

                                    Primeiras Obras


      Os quatro primeiros livros publicados por Graciliano compõem o conjunto mais importante de sua produção literária. São os romances
 
  • Caetés
  • São bernado
  • Angústia
  • Vidas secas

Capítulo 8-unidade 4 


            Modernismo no Brasil

  • O mundo á revelia
      

     Na transição entre as décadas de 20 e 30 do século xx, as propostas estéticas dos modernistas difundiram-se por tudo o Brasil.Com isso , elementos regionais passaram a fazer parte do repertório criativo, e o dialogo do escritor com a realidade social e os fatos históricos que o cercavam ganhou grande importância nesse momento.
Contexto de produção
        
     A segunda fase do Modernismo brasileiro ocorre durante os anos de 1930 a 1945.O Brasil passa, nesse período , por transformações profundas- o desenvolvimentos industrial é compartilhado com a tomada de consciência sobre os graves atrasos sociais existentes no interior do país.
Contexto Histórico
   
   A entrada do Brasil nos anos de 1930 foi marcada por uma série de acontecimentos significativos , destaca-se a subida de Getulio Vargas no poder. A necessidade de modernizar o país , a fim de que ocupasse uma posição menos secundaria no contexto mundial, fez parte do ideário de uma geração de pensadores, artistas e políticos. No plano internacional, o mundo vivia u conturbado embate entre ideologias bastantes distintas: O liberalismo x Comunismo .
Contexto Cultural
     
   Por toda Europa , a transição dos anos de 1920 para as duas décadas seguintes foi caracterizada, no campo das artes e da cultura. A arte, antes restrita as elites , também se torna um bem a ser usufruído pelas massas, e adquire valor mais democrático .

    Um dos responsáveis por essas intromissão, da arte na vida comum foi o cinema comercial, que era uma arte visual que podia, diferentemente de outras ligadas ao passado,podia alcançar públicos mais vastos do que o grupo privilegiado que consumia a arte tradicional,o preço acessível dos ingressos facilita seu consumo por um grande numero de pessoas.
     
     As transmissões de rádio e a imprensa ilustrada também se destacaram pela velocidade na difusão de informações; e os desenvolvimento da freqüência , impulsionou o aparecimento de estações voltadas a segmentos específicos do mercado consumidor, entretenimento fonográfico e a musica popular.
Contexto literário
     
     É possível organizar a produção literária da segunda fase do modernismo brasileiro em algumas tendências , entre elas o romance regionalista , e a poesia de expressão espiritualista. Sua obra e os acontecimentos mundiais e nacionais PE o que se trata a seguir.
   
    O sistema literário na segunda geração do Modernismo serviram para a consolidação do movimento iniciado em 1922, o modernismo a partir de 1930, conserva conquistas estéticas, como o uso de versos livres e de um vocabulário mais próximo do cotidiano . Amplia-se também numero de leitores de textos modernistas. A influencia de escritores como Mário de Andrade é sentida nessa nova fase. A luta contra o academicismo e a visão da arte como privilégio de poucos- marcas do parnasianismo- continuam na produção de escritores dessa nova geração.
    
     Os escritores modernistas de 1930 a 1945 entendem a ser a literatura um veículo de expressão das desigualdades, uma tomada de posição diante da realidade social. O romance , o conto ou o poema passam a apresentar um ponto de vista sobre os problemas que afetam alguns grupos sociais.
O romance regionalista
       
      Em 1926, realizou-se na cidade de Recife o Primeiro congresso Brasileiro de Regionalismo. Nesse encontro , é lido o Manifesto regionalista, que faz uma critica ao cosmopolitismo das grandes cidades e denuncia os hábitos de boa parte da burguesia nacional de supervalorizar o que é proveniente da cultura européia e perder a identificação com aquilo que é nacional.
A corrente espiritualista
   
   Partindo de influencias do Simbolismo,alguns escritores buscaram uma alternativa ao enfoque regionalista e procuraram expressar o embate do homem contra a realidade por meio de uma escrita intimista, no caso da prosa, e de uma perspectiva espiritual , no caso da poesia.
O papel da tradição
    
      De certa forma , a segunda fase do modernismo brasileiro estabelece um dialogo intenso com algumas das estéticas do final do século xix.O romance regionalista de 1930 tem suas raízes nos textos do Romantismo que procuraram fixar os tipos brasileiro- especialmente a prosa regional de José de Alencar , com suas imagens sugestivas e a utilização de sinestesias.Contudo , a segunda fase modernista não se restringe a essas duas correntes. A poesia de Carlos Drummond de Andrade , por exemplo, as ultrapassa, Murilo Mendes que propõe uma fusão original entre catolicismo, surrealismo e memória.





Estudo Dirigido:modernismo dos                                                                                    romanos(Regionalismo)




A) O sentido do texto de abertura do programa “Além da imaginação” no artigo de Natália Polesso, ela coloca quer fazer com que o leitor acredite no que ela diz sobre so regionalismo, para isso ela fala do regionalismo e faz comparações do mesmo com figuras que passam sabedoria confiança.   



B) Antonio Candido define regionalismo como um sistema de tendências de universalistas eparticularistas, ligadas por denominadores comuns, que permitem reconhecer as notas das dominantes duma fase. denominadores são, além das características internas, (língua, temas, imagens, certos elementos de natureza social e psíquica. R2: A autora critica a definição de Antonio Candido e a sua análise sobre as tendências que pata ela são opostas e não podem ser definidas dessa forma pôs elas são opostas historicamente, atribuindo o mesmo valor.



C) O problema de criar uma categoria dogmática referente a literatura regional é que ela pode excluir os indivíduos da sociedade , individualizando a literatura ao invés de incluir todos .


D) Para Polesso a literatura regionalista , podemos dizer que é um texto esteticamente regionalista, mas nele consta a temática nativista ou telurista e por um viés um tanto inovador, uma espécie de registro de mudança do statu quo e a desconfiança de um programa político-ideológico de propaganda regionalista de guerrilha, com o qual a autora obviamente não compartilhava interesse.


E) A relação entre o trecho citado de Berman na página 121 e os vários registros de regionalismo apresentados por Polesso na seção seguinte de seu artigo, er moderno é encontrar-se num ambiente que promete aventura, poder, alegria, crescimento, autotransformação e transformação das coisas ao redor – mas ao mesmo tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo o que sabemos, tudo o que somos. A experiência ambiental da modernidade (...) nos despeja a todos num turbilhão de permanente desintegração e mudança, de luta e contradição de ambiguidade e angústia.


F) o regionalismo presente na literatura romântica brasileira relacionou-se com o processo de busca identitária do país em processo de independência no Século XIX, O regionalismo, que desde o início do nosso romance constitui umas das principais vias de autodefinição da consciência local [...] transforma-se agora no “conto sertanejo”, que alcançava voga surpreendente. Gênero artificial e pretensioso, criando um sentimento subalterno e fácil de condescendência ao próprio país, a pretexto de amor da terra [...] que tratou o homem rural do ângulo pitoresco, sentimental e jocoso, favorecendo a seu respeito ideias-feitas perigosas tanto do ponto de vista social quanto, sobretudo estético.


G) Porque ele acredita ser contestável a sua idéia a respeito da sua caracterização do regionalismo , acreditando que a sua opinião não é tão correta.


H) O regionalismo que perpassa com mais força o movimento romântico, delineando as diferenças e peculiaridades culturais dentro da própria nação, como via dialética de integração nacional e denúncia, é relegado ao plano passadista e antiquado. Já no movimento modernista, a nação em amadurecimento, rompe paradigmas culturais mundiais e se torna o prisma pelo qual toda a literatura brasileira é analisada.


I) Simões Lopes Neto faz com que esses elementos (espaço e tempo) atuem como uma extensão do narrador e, a violência e a sátira intrínseca à obra são representadas como condição da Província sulina. A valorização de um passado sintetiza os valores gaúchos e aponta a harmonia social conquistada por meio dessa figura mítica e original do tropeiro. Diferente de Alcides Maia, segundo Regina Zilberman, o autor, retoma os elementos do regionalismo e transforma-os num instrumento de reflexão sobre a realidade gaúcha. Dá dimensão artística ao tipo regional enquanto um modelo propiciado pelo solo rio-grandense e solidário a ele,a linguagem, nessa diferenciação é ponto crucial, pois ela recria o mundo ficcional na obra de modo significativo e consistente.


J) Procurou mostrar que literatura é, por vezes, uma provocação ao conhecimento das coisas e do mundo.Essa dimensão recalcada, que parece ser o regionalismo, Por isso, essa região dentro da literatura, e uso região porque realmente cria-se fronteiras e relações diferentes entre público, obra, autor e crítica, não parece ser entendida.