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segunda-feira, 24 de março de 2014

Unidade 1


1º Capitulo
         
        Introdução:
   
A produção literária brasileira do início do século XX foi marcada pela coexistência de manifestações que davam continuidade a arte do século anterior.Não existia uma orientação estética inovadora e unificadora, mas assim a permanência de traços realistas, naturalistas, parnasianos e simbolistas, que se mesclavam e se aplicavam a novos contextos. Porém, os autores pré-modernistas iniciavam a revisão do nacionalismo, trocando o ufanismo pelo questionamento e pela crítica da organização social do país. Essa crítica atingia setores como oo exército, a administração das cidades e as política agrícolas, porém ela chegou a propor um novo projeto de país.

Os conflitos políticos que originaram , em 1914, a Primeira Guerra Mundial marcaram o ínicio do século XX na Europa. As grandes transformações científicas e tecnológicas do periodo resultaram em novos posicionamentos do homem diante do mundo , inclusive no campo artístico. Tal cenário não contagiou a realidade brasileira nesse periodo. Nossos artistas preferiram aprofundar o olhar para as questões nacionais, passando ao largo das inovaçoes formais que começavam a ser praticadas na Europa.

Contexto de produção :

As primeiras décadas do século XX foram marcadas pela consolidação da República e pela política do ''café com leite ", que submeteu o país aos interesses de cafeicultores paulistas e pecuaristas mineiros. A economia dependia desses setores, sobretudo do equilíbrio entre a produção e a exportação do café; se os mercados externos não absorviam toda a produção de café, ocorriam as chamadas ''crises de superprodução'' e o Estado saia em socorro dos cafeicultores.

Contexto Histórico :
O Pré-Modernismo contou com importantes cronistas, que documentaram a modernização do país e seus contrastes. Um deles foi Lima Barreto, que analisou a fragilidade da economia brasileira em sua crônica '' As riquezas da Bruzundanga".

Contexto cultural :

No contexto das desigualdades do ínicio do século, chama a atenção o artificialismo em que viviam as classes superiores. Importavam os produtos europeus e também o modo de vida francês, que estimulava, sobretudo, a ostentação de uma aparência e de um gosto artístico elitista, apegadas às modas parnasiana e simbolista.

O período, porém, foi igualmente marcado por um novo posicionamento das camadas populares, que começaram a afirmar o seu gosto artístico,descartando aquele ditado pela elite.

Contexto Literário :

As produções do início do século são agrupadas sob a designação pré-modernista pela inserção naquele tempo histórico e por iniciarem a busca pelo brasileiro desconhecido, que passou a ser retratado de modo objetivo e distanciado. O Pré-modernismo é considerado apenas uma fase de transição da literatura brasileira.

Sistema literário do Pré-Modernismo :
Algumas inovações técnicas trouxeram avanços significativos para o jornalismo no ínicio do século como : A fotografia, e o telégrafo. Essas inovações resultaram num maior interesse dos leitores.

Os textos mais importantes do período valeram-se de linguagem próxima à jornalística e buscaram investigar e compreender a realidade nacional. Tematicamente, o nacionalismo crítico é a marca distintiva do Pré-modernismo.

Tradição :


A consideraçãop feita apartir da caracterização da raça, revela que as teorias científicas do século anterior, principalmente o determinismo e o evolucionismo, ainda tinham prestígios. A análise dos problemas sociais partia do pressuposto de que elementos como o meio, a raça e as condições históricas determinavam comportamentos e de que alguns traços tornavamuma raça mais competente para a sobrevivência e para a dominação. Esse pensamento herdado do século XIX, permeou as reflexões dos pré-mordenistas, mas eles rejeitaram o determinismo posto em prática mecanicamente pelos naturalistas.

Ainda no campo das heranças, é importante considerar que predominaram os pressupostosde observação e análise dos realistas. Os artistas privilegiaram o retrato do brasileiro comum em sua existência cotidiana, focando suas condições de trabalho e suas relações sociais.Apesar disso, algumas passagens de livros da época lembram o esteticismo parnasiano, principalmente nas descrições.

Fuga do Ceticismo :


Na produção identificada como pré-modernista, houve um consciente afastamento da poesia parnasiana e arecusa em repetir procedimentosformalistas e padronizados,acomodados ao gosto da elite.
Para fugir do esteticismo, os pré-modernistas optaram por uma linguagem mais direta e próxima da realidade das falas dos brasileiros.




2° Capitulo 
                  Literatura em transcrição
·         Euclides da Cunha: A anatomia do sertão,


       Em 1897, Euclides da cunha (1866-1909) foi designado pelo jornal  O Estado de S. Paulo para cobrir a campanha do Exército brasileiro contra o arraial de Canudos, reduto de sertanejos localizado no sertão da Bahia.
Euclides partilhava as convicções do governo republicano e da população dos centros urbanos: via os sertanejos como bárbaros.A cobertura do evento, porém, apresentou-lhe outra face da questão. Em vez de bárbaros , o escritor deparou com brasileiros desamparados pelo Estado, submetidos ao isolamento cultural, a condições naturais desfavoráveis e ao trabalho servil imposto pelo latifundiários.
       Essa visão foi transposta para a obra Os sertões , publicada cinco anos após seu retorno .O livro critica as ações do Exercito e a atuação do governo republicano , destacando os contrastes entre condições de vida no litoral e no interior .


·         Entre o cientifico e o literário ,


       A obra Os sertões é composta por três partes:  “A terra”, “O homem” e” A luta”. Inicialmente, Euclides da Cunha descreve aspectos geográficos da região de Canudos ,focando a dificuldade de sobrevivência , principalmente devido a seca. A descrição extrai argumentos em que se explica a formação do tipo de sertanejo, narrativa longa .Essa organização mostra a orientação determinista adotada pelo autor. Para o autor, a liderança de Antonio .
     Conselheiro sobre os sertanejos não surgiu de sua capacidade superior, mas sim da confluência nele de todo o atraso da sociedade sertaneja.
     A abordagem  proposta pelo autor pressupunha o uso da linguagem precisa e o emprego de termos técnicos , que abundam principalmente em “A terra” , no entanto, o estilo de Euclides da Cunha não é impessoal e verifica-se a estilização da linguagem mesmo em trechos descritivos como este, que narra o estouro de uma boiada.
     Na ultima parte de Os sertões ,”A Luta”o movimento das tropas nas Euclides da Cunha narrou minuciosamente o movimento das tropas nas quatro expedições enviadas para região de Canudos , valendo-se de relatos de soldados, jornalistas e moradores da região. O autor foi testemunha ocular apenas da ultima etapa do conflito, momento que relata nas paginas finais do livro.


·         Monteiro Lobato


      Provavelmente  a obra infanto-juvenil de Monteiro Lobato (1882-1948) é mais conhecida do que a destinada aos adultos. Com suas historias sobre o Sitio do Pica-pau Amarelo, o autor propôs uma alternativa a literatura infantil traduzida, que não oferecia as crianças elementos de sua cultura e de sua língua.
      Monteiro Lobato defendia a função social da literatura. Para concretizá-la , retratou a vida da região em que viveu. O caboclo era o trabalhador rural mestiço de índio  com branco, isolado dos centros urbanos, sem escolaridade e desassistido pelos serviços públicos.
      Nos contos de Urupês , Negrinha e Cidades mortas, Lobato registrou a vida nos vilarejos e seus problemas, como se lê no miniconto “Pé no chão”.
      As historias geralmente visam provocar comoção ou surpresa elementos em função dos quais se articulam as descrições e ações narradas.
      A descrição de Das Dores evidencia a tendência de Lobato  á caricatura , composição marcada pelo exagero de um traço característico. Lobato recorreu a tradição realista –naturalista , da qual vinhas ao pressupostos científicos de degeneração radical causada pela miscigenação , muito empregado por ele.
     Em 1914 , Lobato escreveu o jornal O estado de S.Paulo o artigo “Velha praga”, em que denunciava a pratica de queimadas para limpas áreas de plantação no ineterior do estado de São Paulo,. No artigo “Urupês” , apresentou o caboclo como preguiçoso ,ignorante e apático.




·         Lima Barreto : Um projeto de Brasil


     As narrativas de Lima Barreto (1881-1922) têm muito de crônica, gênero que exercitava como jornalista. Dela vieram as cenas cotidianas e a linguagem fluente e objetiva, distante do artificialismo corrente na época.
     Lima Barreto usou observações pessoais para compor os variados tipos que povoam seus contos e romances: suburbanos, políticos, burocratas, artistas, militares, entre muitos  outro que conheceu trabalhando em uma participação publica e em jornais.


·         Augusto  dos anjos


      Augusto dos Anjos (1884-1914) é um caso singular .Do parnasianismo tirou o gosto pelo soneto; Simbolismo, o tema da angustia existência ;de ambos, o cuidado com a forma. Os poemas de Augusto  tematizam a dor de existir e a inevitabilidade da morte.Para expressar sua visão negativa, o eu lírico desestabiliza a própria poesia, recorrendo a termos e a imagens incomuns no campo poético como se lê em “Psicologia de um vencido”.
 Colégio Brigadeiro Newton Braga    Turma:3004     Aluna: Karoline Souza.
Unidade 2

3° Capitulo


     Diálogos do moderno

O termo vanguarda esta relacionado ao que é pioneiro e inovador. Na arte e tudo aquilo ligado aos novos padrões estéticos. O período das vanguardas foi do período dos últimos anos do século xix ate a década de 1920 . As principais tendências foram: cubismo, futurismo, expressionismo, o dadaísmo e surrealismo.

Contexto de produção


As condições históricas do início do século xx fizeram com acontecesse divisões sociais e política tanto nacionais como também internacionais.

Contexto histórico


No inicio do século xx aumentaram as disputas entre as nações europeias. Rivalidades locais e a concorrência por matérias primas e consumidores de outros continentes o levou a primeira guerra mundial , que teve como protagonistas os EUA e a URSS.

Contexto cultural


Desde o final do século xix a arte estava sendo renovada por experiências estéticas que promoviam alterações significativas nos padrões estéticos do período. O cubismo surgiu e ele trazia uma proposta de romper com os conceitos de proporção e perspectiva fazendo com que seu publico decodificassem imagens. 


O futurismo foi uma arte agressiva. Os artistas odiavam o passado propunham destruição violenta das tradições e tinham fascínio pelas novas tecnologias.


O expressionismo retratou a queda do mundo burguês. As obras deformavam a realidade e previa a perda do controle do consciente.


O dadaísmo usa a falta de significado como critica a sociedade. Os artistas aboliam a lógica e as relações com o real.


Surrealismo também visava a arte não subordinada à lógica. Estimulado pela psicanálise, voltou se para o estudo do inconsciente, elementos do sonho, da loucura e dos impulsos sexuais.

Contexto literário :


    Houve também uma ruptura radical nos procedimentos convencionais. a convivência dos escritos e pintores proporcionou uma interpretação diferente do campo artístico.

O sistema literário das vanguardas: 

  
  A arte das vanguardas se caracteriza pelo confronto entre as sensibilidades tradicionais.    A desestruturação de poemas, com elipses, grande concisão e ausência de pontuação. Os escritores deixaram de fornecer elementos lógicos para construção dos sentidos. NO surrealismo a espontaneidade total, herdada do dadaísmo fazia do texto o resultado do fluxo do mundo interior.Geralmente os manifestos da vanguarda circulavam por meio de jornais ou revistas, detonando uma serie de discussões acerca de novidades.

4° Capitulo 

Modernismo em Portugal:
 Novidades artísticas e ecos do passado.

     O contesto de produção
    
      O Modernismo iniciou-se em Portugal na segunda década do seculo do século XX, em um tempo de fortes tensões. Depois da proclamação da Republica de Portugal, continuaram as disputaas politicas internas, levando tambem como causa o parlamentarismo.

 A importância ds revistas Orpheu e Presença
       Os publicadores da revista literária Orpheu, foram nomes como Luis de Moltavor, Fernando Pessoa, Mário de sá-carneiro, Almada Negreiros e o brasileiro Ronald de Carvalho. Apesar de ter sido publicada duas vezes, esta provocou escândalos e contenda, foi atacada pela imprensa Conservadora.
       Algumas obras ainda refletiam a influência do Saudosismo, ou seja, apresentam gosto pelo passado. Entretanto, outras mostraram a evolução do modernismo.
 Os prncípios de renovação e contestação de Opheu foram reafirmdos pela revista presença, que contou com 54 números em 1927.

 Fernando Pessoa e seus heterômios.
          
        Fernando Pessoa, além de escrever em seu próprio nome, publicou mais de setenta livros em nome de outro. Alguns foram esboçados; outros smidesenvolvidos e outros receberam independência própria.
          A poesia de Alberto Caeiro ensina que o verdadeiro entendimento do mundo é obtido pelo emprego dos sentidos humanos e a interação com as coisas, sem a intervenção do pensamento.
          Ricardo Reis observou à mesma simplicidade e desenvolvimento e para isso, exigiu o Arcadismo.
          Os poemas líricos escritos e assinado por Fernando Pessoa estão em forma de coleção de canções e apresentam pensamento sobre a vida e arte. Levam a tradição lírica portuguesa e duas tendências -o sensacionismo e o interseccionismo.
          O poeta Mário de Sá Carneiro revolucionou pensamentos e ideias esteticas de força em Portugal, controlando com liberdade a gramática dum texto para ajustá-los às suas necessidades expressivas.

Colégio Brigadeiro Newton Braga .     Turma:3004       Aluna: Karoline Souza.